Os dias se passaram, mas ainda parece que é o mesmo. A imagem do filho morto se sobrepõe à visão da vida. As imagens do que se passou vinham à mente. Quando o marido morreu no tráfico, o filho jurou que não seguiria o exemplo, que não morreria do mesmo jeito.
Ele estava certo: Não faleceu como o pai - Tudo ocorreu de forma mais trágica.
Não deveria ter cedido e entrado para a vida do crime. Poucos conseguiam chegar ao topo do morro. Ele queria ser um dos poucos. Queria ter respeito, dinheiro... queria poder sustentar a mãe, que ganhava pouco trabalhando em casas de família.
Mas memórias são memórias. A senhora, cabisbaixa, ainda pensando no filho, estava sentada num banquinho, com vista para fora do morro. Já lhe faltavam lágrimas para chorar. Mas não são lágrimas que mostram sentimentos. E uma senhora, transeunte, percebeu isso e sentou a lado da mãe do rapaz para consolá-la. Sem paciência para mais consolos, mais sentimentos de pêsames, levantou-se e foi para casa.
Lá, remexendo os pertences do falecido filho, achou um envelope.
por LUAN RIBEIRO
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Fico muito legal luan =)
ResponderExcluirFicou bem interessante. Estou até curiosa pra ver a continuação e descobrir o que havia no envelope.
ResponderExcluirNossa! O texto ficou bem legal, parabéns. =)
ResponderExcluirLuan, o garoto prodígio. Bom, tentemos continuar...
ResponderExcluirO texto ficou muito bom,parabéns! Também fiquei curiosa pra saber o que estava no envelope.
ResponderExcluirGostei desse início, a menção do pai deu um ótimo toque, o final também foi bem feito, deixou já uma ideia pro próximo.
ResponderExcluirEsse cara manda!
ResponderExcluirPode virar escritor. E eu vou comprar o livro dele, com certeza!
Vou comprar 6, um pra mim e o resto eu vou dar no Natal.